O Planeamento Familiar é uma parte fundamental da saúde reprodutiva e muitos casais estão a optar por métodos naturais como uma alternativa aos contracetivos artificiais. Mas o que envolve exatamente o Planeamento Familiar Natural (PFN) e como ele pode ajudar a gerir a fertilidade de forma eficaz e saudável? Vamos explorar os métodos mais comuns de PFN, os seus benefícios, desafios e como pode ele ser uma solução natural para quem busca uma abordagem mais consciente e informada da fertilidade.
O Planeamento Familiar Natural (PFN) é um método de gestão da fertilidade que utiliza o conhecimento dos ciclos reprodutivos naturais do corpo para identificar os períodos férteis e inférteis de uma mulher. Esses métodos são baseados em sinais biológicos e evitam o uso de contracetivos artificiais. Aqui estão os mais comuns:
1- Método do calendário (ou método de Ogino-knaus)
Baseia-se em calcular os dias férteis com base nos ciclos menstruais anteriores.
A mulher anota a duração dos seus ciclos menstruais durante vários meses (geralmente 6 a 12 meses).
O primeiro dia fértil é calculado subtraindo 18 dias ao ciclo mais curto e o último dia fértil é calculado subtraindo 11 dias ao ciclo mais longo.
Exemplo: se o ciclo mais curto for de 26 dias e o mais longo de 30 dias, o período fértil seria entre o 8º e o 19º dia.
2 - Método da temperatura basal
Baseia-se na observação da temperatura corporal basal (TCB) que tende a aumentar ligeiramente (cerca de 0,3 a 0, 5ºC após a ovulação).
A mulher mede a sua temperatura todas as manhãs antes de se levantar, sempre à mesma hora.
Os dias férteis são considerados até três dias após a elevação da TCB.
3 - Método do muco cervical (método de Billings)
Observa a mudança no muco cervical ao longo do ciclo menstrual.
Durante o período fértil, o muco torna-se mais transparente, escorregadio e elástico, semelhante a clara de ovo.
O casal deve evitar relações sexuais durante o período em que o muco está nesse estado, pois é o sinal de maior fertilidade.
Benefícios do planeamento familiar natural
Sem efeitos secundários. Como não envolve o uso de hormonas ou medicamentos, não apresenta efeitos colaterais.
Aumenta o conhecimento do corpo. Ajuda as mulheres a compreenderem melhor o seu ciclo e os sinais de fertilidade.
Apropriado em contextos religiosos. Muitos casais que seguem princípios religiosos preferem o PFN, já que não envolve o uso de contracetivos artificiais.
Desvantagens
Requer disciplina e registo regular. É necessário acompanhar cuidadosamente os sinais corporais todos os dias.
Menor eficácia se não for usado corretamente. Quando os métodos não são seguidos rigorosamente, a taxa de falha pode ser mais elevada.
Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
O PFN, portanto, é uma alternativa válida para casais que procuram uma abordagem natural, mas requer compromisso e um bom conhecimento do ciclo reprodutivo.
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